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Ricardo John, CEO e CCO da FCB, e Fernando Musa, CEO da Ogilvy, argumentam que a pandemia trouxe a inovação de volta para a mão das agências
Thaís Monteiro
1 de outubro de 2020 - 14h36
No último painel para debater a agência do futuro, Ricardo John, CEO e CCO da FCB, e Fernando Musa, CEO da Ogilvy, argumentaram que os modelos de agência mudaram, mas a criatividade prevalece como motor de negócios das empresas.
Executivos expressam maior proximidade com clientes durante pandemia (Crédito: Eduardo Lopes)
Seguindo o que já disseram os demais entrevistados da trilha, os executivos pontuaram que o segmento mudou. Hoje são novas mídias, novas funções, novas relações e que é errôneo comparar a agência da atualidade com o tipo de empresa vivida pelas gerações anteriores. “O grande mérito da geração passada foi passar o bastão da criatividade como propulsor de negócios. A crítica deles é por falta de conhecimento. A forma como lidamos com o negócio hoje é muito mais complexa”, colocou Ricardo John.
Fernando Musa afirmou que é difícil falar sem contextualização histórica. Mas ele concorda que a importância da criatividade, que fora tão celebrada nas décadas anteriores, se perdeu em determinado momento. Para ele, a pandemia recuperou a criatividade e inovação como o grande truco das agências, às quais o anunciante recorreu no susto e desespero da crise.
“Não temos que ter vergonha que nossa indústria vende criatividade e ideia e eu acho que em um momento tivemos porque queríamos provar que vendíamos outra coisa. É ela que desperta atenção e curiosidade. O seu dinheiro vale muito mais por uma uma bela ideia”, argumentou o CEO da Ogilvy.
Apesar disso, ambos os executivos reconhecem que a criatividade hoje também não é limitada às quatro paredes das agências. Para John, todos podem ser criadores de conteúdo e a agência se tornou curadora do que interessante ao invés de deter o critério da criatividade, como anteriormente.
Pensando na criatividade como um atributo essencial em um cenário cada vez mais permeado pelos dados, o executivo da FCB Brasil alertou que os dados podem ser esconderijos para grandes saltos. “O lugar do sonho e do intangível é grande na comunicação Você tem que dissecar os dados de forma criativa mas se você parar por aí, você é mainstream”, afirmou.
Musa considera que é a informação é fundamental e serve de subsídio mas o direcionamento que você vai dar para ela é função do capital humano e criativo. “Quantas campanhas você olha que é o briefing filmado? Nosso papel é ir além”, opinou.
Mesmo que a criatividade tenha prevalecido como o essencial na agência durante a conversa dos executivos, John disse que a pandemia ajudou no estreitamento da relação com os clientes e permitiu a agência propor soluções não convencionais como uma espécie de sócio do negócio do cliente. “A agência é uma força muito grande com especialistas em diferentes áreas que o cliente desperdiça se não deixar a relação ir para além da página dois. Temos que entrar na relação muito menos submissos do que se espera da gente. Tem que ser um ganha ganha”, afirmou.
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