Maximídia
04 A 06 DE OUTUBRO DE 2022 | HOTEL UNIQUE - SÃO PAULO/SP
04 A 06 DE OUTUBRO DE 2022 | HOTEL UNIQUE - SÃO PAULO/SP
Marcio Parizotto, do Bradesco, e Marina Fernie, da Unilever Brasil, apontam vantagens competitivas de empresas que buscam relacionar suas causas com a atuação das marcas no mercado
2 de outubro de 2019 - 14h15
Roseane Rocha entrevista Marcio Parizotto e Marina Fernie (Crédito: Denise Tadei)
Publicidade e marketing se tornaram disciplinas que dialogam cada vez mais com propósito. Seja no festival Cannes Lions ou no endorso público que marcas dão a causas como sustentabilidade, diversidade e feminismo. Entretanto, a escolha sobre qual tema uma marca deve abordar em sua comunicação não é fácil, tampouco trivial, apontam Marcio Parizotto, diretor de marketing do Bradesco, e Marina Fernie, vice-presidente de marketing da divisão foods da Unilever Brasil. Ambos executivos estiveram no palco do MaxiMídia 2019, realizado em São Paulo.
“É importante que o propósito fale diretamente com o posicionamento da marca. Se ele estiver relacionado 100% com o atributo funcional do produto, e se o produto é a solução dessa causa, é aí quando a mágica acontece”, afirma Fernie. A Dove, uma das marcas no guarda-chuva da Unilever, lançou há 15 anos sua visão de Beleza Real, onde valoriza diversidade nos corpos representados em sua publicidade. Depois disso, diversas marcas da Unilever seguiram o mesmo rumo.
Segundo dados internos da empresa, das 40 principais marcas da companhia, 28 levantam bandeiras. Nessas, o resultado financeiro foi claro: cresceram 69% mais do que as outras 12 no ano passado. Além disso, 65% do crescimento de Unilever globalmente veio dessas empresas.
Já no Bradesco, por sua vez, Marcio afirma que é necessário garantir que suas escolhas sejam consistentes. Na visão do executivo, “propósito não se cria, se revela”. Com essa visão, o banco atua em três frentes: com projeto social, que tem seu pilar na Fundação Bradesco, onde atua com educação em diversas escolas pelo País; no core business, com o processo de inclusão bancária e microcrédito e educação financeira, o que traz também lucro direto à instituição; e o que a empresa acredita, e passa em sua publicidade.
“O que fazemos é de forma disciplinada e metrificar, garantir que isso chegue a maior quantidade de pessoas”, afirma. “Essa agenda não é sobre filantropia. É um diferencial competitivo”, finaliza.
Veja também
Sem temer polêmicas, marcas devem se abrir ao diálogo
Paula Englert (Box 1824), Daniel Paz (Nike) e Maria Fernanda Albuquerque (Skol) exploram caminhos para a conexão entre anunciantes e propósito social
LGPD é uma construção coletiva
Carolina Sevciuc, diretora de transformação digital da Nestlé Brasil, ressaltou diálogo com parceiros como aspecto essencial para adequação à Lei Geral de Proteção de Dados
Comente
“Meio & Mensagem informa que não modera e tampouco apaga comentários, seja no site ou nos perfis de redes sociais. No site, quando o usuário ler a indicação Este comentário foi apagado’ significa que o próprio comentarista deletou o comentário postado. Não faz parte da política de M&M gerenciar comentários, seja para interagir, moderar ou apagar eventuais postagens do leitor. Exceções serão aplicadas a comentários que contenham palavrões e ofensas pessoais. O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.”